terça-feira, 15 de junho de 2010

Bottons, outdoors, bonés, chaveirinhos, santinhos.
A cultura para massas, tem talento para se reproduzir.
O caminho da educação universal inicia na Idade Média: alfabetizar, evangelizar, dominar e extorquir. Isso foi alcançado com a invenção do milênio, a imprensa. Ok, a reprodução tipográfica era bem mais eficiente que a alfabetização. Mas como sabemos, esse foi o começo…

Imprensa, livros, folhetins, fotografia, manifestos.
As políticas totalitárias foram tão dependentes dos meios de reprodução que os tornaram arte. Os cartazes criados por artistas gráficos russos fundaram estilo. Os cartazes artnouveaus da vanguarda boêmia revelaram artistas do naipe de Toulosse Lautrec. Os neoconcretistas apostaram na serigrafia. A t-shirt aparece no pop americano como uma peça de vestuário que agrega ao usuário bem mais que moda: através dela, muitas discussões comportamentais e políticas foram travadas. A camiseta é veículo (literalmente, pois sempre caminha junto com seu portador) de comunicação e expressão, dos anos 60 até hoje. Como arte, protesto, moda ou panfletagem descarada.

Shape, venda, humor.
A ação pública, Vendo Meu Voto: Tratar Aqui, brinca com os chavões desta história. Possibilita algumas leituras, desde protesto contra corrupção ou algo que o valha, até simplesmente gozação. Formalmente utiliza suporte e meios de comunicação de massa : a camiseta e a serigrafia. Ironicamente a ação não unifica, mas diferencia os usuários, pois cada um tem um motivo diferente para veiculá-la.


A ação foi criada em 2004, em Olinda, quando foram distribuidas 100 camisetas serigrafadas no dia das eleições para governador e prefeitos. Em 2006 participou da Semana de Artes Visuais do Recife, com serigrafia ao vivo e gratuita. Em 2010 o artista Lourival Batista colocou a ação na mira do satélite da intervenção "O céu nos observa", de Daniel Lima (oceunosobserva.blogspot.com).
Dia 25 de junho,participará da Semana Experimental Urbana, em Porto Alegre (http://portoalegreseu.wordpress.com/).

Pinte, risque ou grite. A ação não se reserva direitos!

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